In this year, I suffered from a serious condition called “Carnival abstinence” and spent a lot of time reflecting... which allowed me to realize that the lyrics of "O Milla" (1996), sung by the prophet Netinho, describe an apocalyptic scenario where we fail to mitigate catastrophic risks.

Netinho - Milla - Planeta Xuxa (1997) - YouTube

Lyrics in Portuguese and English.

Don’t be fooled by the display of energetic joy. That happiness is only achieved after going through despair and acceptance.

Firstly, the title is an obvious reference to Mila - Quebec AI Institute, one of the research centers on the topic, led by experts such as Yoshua Bengio work. Note that the singer uses the masculine article "o" before the name "Milla"; don't be fooled by an extra "L" - I myself never know how many "Ls" are in my name.

Other "messages" to the attentive reader:

"Destino te mandou de volta para o meu cais" (Fate sent you back to my quay) - a clear reference to the CAIS model - Comprehensive AI Services, as explained by this FHI report. And may I vent that “fate” evokes a fatalistic note – a realization that we are puppets in the hands of evidential decision-theory algorithms?

"No coração ficou lembrança de nós dois / como ferida aberta, como tatuagem" (In heart remained a memory o fus / like an open wound, a tatoo). This is an Easter Egg for the initiated: it is a veiled reference to an excerpt from Eliezer Yudkowsky (I think?) in which he suggests that an AGI could easily solve the protein folding problem and spread prions that, like a time bomb, would damage the coronary arteries of all humans at a certain point. Netinho is a truly visionary artist.

(only now I realize that the prophet is also citing these famous lines by Baki, one of Sultan Suleiman's favorites: “Fate saw the jewel in me, and pawed the heart apart to have it”)

“Na praia, no barco, no farol apagado, no moinho abandonado” (On the beach, on the boat, in the unlit lighthouse, in the abandoned mill) - here the artist ambiguously describes the post-catastrophe scenario, where survivors move through an abandoned infrastructure that evokes climate change adaptation and the replacement of the energy grid. Is the artist discussing our concern with global warming, or, on the contrary, the adaptation to a post-catastrophe scenario (such as a nuclear winter - or geoengineering gone wrong?) where we would depend on other sources of food and energy? I find the second alternative more likely.

"Vendo estrelas caindo, vendo a noite passar..." (watching falling stars, seeing the night go by) - an obvious reference to missiles with nuclear warheads, whose explosions would have launched particles into the atmosphere, obscuring the sun and causing a nuclear winter.

"Eu e vocêêêê... na ilha do sol" (me and youuuuuu... on the island of sun). Moving on, the refugees moved to the tropics and sought protected positions, such as islands.

What happened to this world? One possibility is that an arms race involving artificial intelligence led to a nuclear war; another, even darker, is that an AI got out of control, leading humans to respond with widespread destruction of infrastructure.

(No joke: I remember there was a long bet along this line - I just can't find the reference) 
 

Portuguese version (original)

Na falta de pular carnaval neste ano, passei muito tempo refletindo, e concluí que a letra de "O Milla" (1996), do profético Netinho, é uma descrição de um cenário apocalíptico em que falhamos em mitigar riscos catastróficos.

Primeiro, o título é uma óbvia referência ao Mila - Quebec AI Institute, um dos centros de pesquisa do tema, onde trabalham autoridades do assunto como Yoshua Bengio. Notem que o cantor usa o artigo masculino "o" antes do nome "Milla"; não se deixem enganar por um “L” a mais – eu mesmo nunca sei quantos “Ls” há no meu nome.

Outras “mensagens” ao leitor atento:

“Destino te mandou de volta para o meu cais” – uma menção clara ao modelo CAIS – Comprehensive AI Services, cf. relatório do FHI

“No coração ficou lembrança de nós dois / como ferida aberta, como tatuagem”. Esse é um Easter Egg para os iniciados: trata-se de uma menção velada a um excerto de Eliezer Yudkowsky no qual ele supõe que uma AGI poderia facilmente resolver o protein folding problem e espalhar príons que, como uma bomba-relógio, danificariam as artérias coronárias de todos os humanos num determinado momento. Netinho é um artista verdadeiramente visionário.

“Na praia, no barco, no farol apagado, no moinho abandonado” – aqui o artista descreve de forma ambígua o cenário pós-catástrofe, onde os sobreviventes se deslocam por uma infraestrutura abandonada que evoca mudanças climáticas e substituição da matriz energética. Estaria o artista discutindo nossa preocupação com o aquecimento global, ou, pelo contrário, a adaptação a um cenário pós-catástrofe (como um inverno nuclear? Geoengenharia que deu errado?) onde dependeríamos de outras fontes de comida e energia? Acho a segunda alternativa mais provável; repare na próxima referência.

“Vendo estrelas caindo, vendo a noite passar...” – óbvia referência a mísseis com ogivas nucleares, cujas explosões teriam lançado partículas na atmosfera, obscurecendo o sol e causando um inverno nuclear... ou geoengenharia que saiu do controle, claro.

“Eu e vocêêêeeeê, na ilha do sol”. Seguindo essa linha, os refugiados se deslocaram para os trópicos, fugindo à nova era do gelo, e procuraram posições protegidas, como ilhas.

O que aconteceu? Uma possibilidade é que uma corrida armamentista envolvendo a inteligência artificial levou a uma guerra nuclear; outra, ainda mais sombria, é que uma IA saiu do controle, levando os humanos a responder com uma destruição generalizada da infraestrutura. 

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Meu amor Olha só hoje o sol não apareceu É o fim Da aventura humana na Terra Meu planeta adeus Fugiremos nós dois na arca de Noé Mas olha bem meu amor O final da odisseia terrestre Sou Adão e você será... Di-di-di-di-di-diz Minha pequena Eva (Eva) O nosso amor na última astronave (Eva) Além do infinito eu vou voar Sozinho com você E voando bem alto (Eva) Me abraça pelo espaço de um instante (Eva) Me cobre com o teu corpo e me dá A força pra viver

but your song was actually written as an apolyptic message: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eva_(can%C3%A7%C3%A3o_de_Umberto_Tozzi)#:~:text=A%20letra%20da%20can%C3%A7%C3%A3o%20mistura%20fic%C3%A7%C3%A3o%20cient%C3%ADfica%20p%C3%B3s%2Dapocal%C3%ADptica%20com%20inspira%C3%A7%C3%A3o%20na%20B%C3%ADblia%20e%20%C3%A9%20narrada%20por%20um%20homem
 

For more, see this brilliant podcast: https://globoplay.globo.com/podcasts/episode/choque-de-cultura-ambiente-de-musica/7b0c4362-3a28-4ed4-be45-e6786aaba9f9/

Thinking about this one year later, I realize that Global Catastrophic events are much like Carnival in Brazil: unlivable climatic conditions, public services are shut down, traffic becomes impossible, crowds of crazy people roam randomly through the streets... but without Samba and beaches, of course (or, in the case of Curitiba, without zombies selling you beer)

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